Less Borders para Baphonicos: Nosso ano sabático pelo mundo
Oi pessoal!
O post de hoje é dedicado para quem tem fome de mundo! E para falar como “se mata essa fome”, contaremos com a participação dos meus queridos amigos Mel e Wendell, que estão em um ano sabático pelos continentes e vão nos contar um pouco dos bastidores desta grande trip!
Aliás, quem quiser acompanhá-los nesta aventura, pode seguir pelo insta (@lessborders), pelo facebook (@lessboedersofficial) e pelo blog deles (lessborders.com). E enquanto eles não voltam, continuarei por aí garantido a presença deles nos eventos dos nossos amigos, rsrs!
Principais motivações para o ano sabático
Sempre foi um sonho conhecer ao menos 50 países. Nós dois sempre trabalhamos muito, estávamos em ascensão nas carreiras, até que um dia pensamos “é agora ou nunca”! Outros fatores pesaram também na decisão de fazer esta viagem agora: a crise politico- financeira do país (achamos que em 2017 tudo estará melhor!) e o fato de que nossos pais estão entrando na casa dos 70. Apesar deles estarem bem e ainda não dependerem de nós, sabemos que uma hora isso vai acontecer.
Planejamento da viagem
Não planejamos a trip com muita antecedência. Sempre fomos regrados em guardar dinheiro e já vinhamos fazendo isso há algum tempo. Eis que no final de 2015 decidimos que a viagem aconteceria em março/ abril. Em janeiro, encontramos um casal de amigos que fez uma viagem parecida há 4 anos e eles nos deram muitas dicas. Em fevereiro, no carnaval, fechamos um pre-roteiro.
Sobre o roteiro
Essa foi a parte mais difícil. Primeiro pensamos em ir mais longe e começar a voltar; em seguida, pensamos em deixar a Europa por último rezando para o euro baixar. Por fim, decidimos que o que a gente queria mesmo era estar no verão pelo máximo de tempo possível, aí ficou mais fácil fechar um roteiro! Mas essa é uma decisão que depende de cada um. Uns gostam de inverno, outros de verão, quase ninguém gosta de chuva, então é preciso pensar não somente onde se quer estar, mas também em qual período do ano. A partir daí você pode montar um roteiro que faça sentido logisticamente falando.
Orçamento
Nossa expectativa é gastar algo em torno de U$ 35 mil na viagem toda. Estamos em uma viagem low budget por isso tudo tem que ser pensado (e economizado). Só pegamos taxi ou Uber, por exemplo, se todas as outras alternativas não estiverem disponíveis (as vezes seu voo é as 5 da manha e o metro não abriu ainda. É importante fazer essa conta, pois as vezes corre-se o risco de economizar $20 na passagem aérea e gastar $50 no taxi).
Fazemos praticamente todas as refeições em casa (para o almoço, sempre preparamos um sanduíche para levar na mochila), mas nos permitimos fazer uma refeição fora para provar algo tipico do lugar.
Casa? Mas que casa? Usamos muito o airbnb (a hospedagem para o casal sai mais barata do que um Hostel e muito mais barato que Hotel, além de você poder interagir com moradores locais), o blabla car e os sites de busca de passagem, como kaiak, skyscanner, cheapoair, etc. Hoje em dia dá pra economizar muito com essas novas ferramentas.
Perrengues e recompensas
Recompensa é fácil: todas as pessoas que conhecemos no caminho, os lugares inesquecíveis por que passamos, comidas deliciosas que provamos. Vai ficar pra sempre na memoria, certamente.
Perrengues: alguns idiomas, como russo, croata, húngaro. Passamos por algumas situações inusitadas, mas o ser humano sempre dá um jeito, nem que seja com mímica, linguagem de sinais, etc. É instintivo…De resto, passamos bem até agora! Sem nenhuma doença grave, situação de perigo ou algo do tipo.
Cuidados, precauções
Tem que ter seguro saúde. Você faz esperando não usar, mas não dá pra arriscar não ter! E sua família tem que ter uma cópia disso para uma situação de emergência.
Outra dica importante antes de ir é agendar uma consulta com o médico do viajante. Nós fizemos pelo Emílio Ribas, que é um hospital público e o atendimento foi excelente! Você leva seu roteiro na primeira consulta e ele já prescreve as vacinas e remédios que você tem que levar. Algumas vacinas pudemos tomar lá mesmo, totalmente de graça (assim como o remédio que previne a malária – o governo concede!). Vale também procurar seu médico de confiança, fazer um check up e pedir uma receita com remédios de uso mais comum (analgésico, antialérgico, etc) e carregar as receitas junto com os remédios.
E as principais dicas para quem quer se aventurar?
O principal é pesquisar sobre cada país que você pensa em visitar e o que fazer lá. Não precisa planejar o ano inteiro de uma vez. Faça aos poucos, conforme a viagem avança. Faça uma lista/pesquisa do que você gostaria de fazer no próximo país quando estiver no país anterior e assim sucessivamente.
O que levar: não importa o quão “enxuta” for sua bagagem, você vai se livrar de pelo menos 1/3 no meio do caminho. Leve somente aquilo que puder carregar. Não sabe quanto? Simule sua bagagem e faça uma caminhada perto de sua casa de mais ou menos 3km, se você aguentar bem, passou no teste!
Se você pensar muito na melhor hora pra fazer algo do tipo, essa “melhor hora” nunca chega. Se estiver com o mínimo de planejamento, uma graninha guardada e saúde, a hora é agora. Abrimos mão de cargos de gerência, estamos perdendo momentos únicos com família e amigos. Mas toda a experiência e aprendizado certamente compensam tudo, são escolhas!
O ano sabático não é só uma questão de viajar e se divertir. Se você estiver disposto e com a mente aberta, vai quebrar paradigmas, mudar conceitos sobre muita coisa (o que é ótimo!), evoluir como ser humano.
Até a próxima parada pessoal!
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